domingo, 4 de novembro de 2012

Merino Precoce

História da Raça em Portugal

A França é o país de origem da Raça Merina Precoce, cujos primórdios remontam a 1750-1760, com a introdução de animais oriundos de Espanha.
Estes animais foram a base genética desta Raça. Foi Colbert que introduziu estes ovinos em França e Daubenton por volta de 1783 viria a dedicar-se ao seu estudo.
São então importados no ano de 1786, um grupo de 41 carneiros e 300 ovelhas que foram para a Bergerie Nacional de Rambouillet, onde se realizaram os trabalhos de selecção.
Em 1812 surge o primeiro rebanho diferenciado desta Raça.
O Flock Book da Raça Merina Precoce é criado em 1929 por criadores de Châtillon de Champagne e Soissons.
Em Portugal esta Raça é introduzida na década de 30 e os primeiros animais vieram para o Ribatejo, estendendo-se mais tarde para o Alentejo, onde viria a ter forte influência, sendo esta região considerada como o Solar da Raça no País.
Em 1959 dá-se o arranque oficial do Livro Genealógico Português da Raça Merina Precoce.
Desde então esta Raça adquire relevância na Ovinicultura Nacional, de tal forma que leva os criadores espanhóis a interessar-se na sua produção.
Nesta época atinge o auge da sua história com a realização de Concursos Ibéricos em Madrid e Zafra, estimulando uma sã e impar rivalidade entre os seus criadores.

É importante realçar que o Livro Genealógico Português da Raça Merina Precoce é o mais antigo Livro Genealógico instituído em Portugal e que ao longo da sua existência tem sido um digno representante da Pecuária Nacional, como o confirmam as Exposições e Concursos Pecuários, no país e no estrangeiro.

São animais corpulentos, robustos e com boa aptidão para as produções de carne e lã, que apresentam boa rusticidade, perfeitamente adaptados, o que confirma a sua presença no nosso País há mais de 50 anos.
A Raça Merina Precoce tem uma boa aptidão para a produção de carne, com carcaças bem conformadas e de muito boa qualidade, com o rendimento médio de 54% em borregos e de 51 % na idade média de 3,5 meses com peso vivo médio de 30
Kg (identificação Baron).
Apresenta bons resultados quando utilizada em cruzamentos. É na verdade um melhorador, com efeitos muito bons de heterose.
A sua utilização conduz, no abate das borregadas, ao aparecimento de carcaças de boa conformação e de maior peso, com 12 e 15 kg, + aos 100 dias de abate.

Como produtores de lã, produzem velos de cor branca, finos (18 - 23 mícrones), compridos (8-10 cm) e com pesos médios que oscilam de 3,5 e 6 kg respectivamente, para fêmeas e machos adultos.